Cactus Pears de Rohan Parashuram Kanawade | IND, GBR, CAN | 112'

Cactus Pears, é a primeira longa metragem de Rohan Kanawade, um drama romântico LGBTQIA+ sobre amor proibido, que é mais uma prova da vitalidade do cinema do país. Um filme semi-autobiográfico que arrecadou o Grande prémio do juri de Sundance na categoria World Cinema. Sabar Bonda (Cactus Pears) explora os delicados que se desenvolvem sob pressão e o que o futuro lhes reserva.

Uma história que começa com um homem da cidade obrigado a passar dez dias de luto pela morte no pai no campo agreste do oeste da Índia. À medida que começa o período de luto após a cremação, enfrenta a pressão subtil, mas constante, dos familiares para se casar, para que pelo menos a mãe tenha a satisfação de o ver estabelecido. Anand sente-se sufocado, pois revelar a sua orientação sexual à família alargada poderia alienar a mãe dos parentes quando ela mais precisa deles.

Encontra conforto no amigo de infância, Balya (30), que o acompanha nas saídas diárias para as montanhas, onde pastoreiam cabras. Balya usa o argumento de que “as raparigas instruídas preferem os citadinos aos agricultores” como desculpa para permanecer solteiro, enquanto também sofre pressões semelhantes da família relacionadas com a sua sexualidade.

Para fugir a essas pressões, os dois passam tempo juntos. Vindos de mundos diferentes, mas unidos pelas memórias da infância, ligam-se pela luta comum. Com o passar dos dias, a sua intimidade floresce, tanto emocional como fisicamente. Com o fim do período de luto, será que a ligação que cresce entre eles sobreviverá para além desses dez dias?