Jonathan Morris

Ocupação na indústria: Editor

Nacionalidade: Britânica

Principais Trabalhos: "The Wind that shakes the Barley" (2006) e "I, Daniel Blake" (2016)

Principais Prémios e Nomeações: Nomeado a BAFTA por "Hellfighters of Kuwait" (1992)

Jonathan Morris é um dos nomes mais reputados quando se fala na edição de longas metragens.

O nome de Morris vem geralmente acompanhado de referências ao conceituado realizador Ken Loach. A colaboração de Jonathan Morris com Loach remonta para os anos 80 quando eles se juntaram para dar a vida a um documentário polémico que se focava no realismo social. Isto marcou o início de um relacionamento que tem vindo a crescer nos últimos 38 anos.

Ken Loach é vastamente conhecido por adotar a temática do "realismo social". Isto significa que o realizador coloca os seus esforços em fazer filmes que têm um forte senso de realismo, geralmente abordando tópicos como as dificuldades da classe operária na Grã-Bretanha. Tendo trabalhado com Loach em mais de 30 filmes, Morris contribui com as suas aptidões estéticas cujas foi desenvolvendo enquanto trabalhava com o realizador e, normalmente sendo o primeiro espetador dos filmes, o editor está bem acostumado aos constrangimentos que o realismo social implica.

A escolha de Loach em utilizar dialetos regionais e sotaques muito fechados, a sua fiel mise-en-scène e as técnicas de corte naturais nos seus filmes, levam a algumas restrições quando se trata da edição. Quando o trabalho é entregue a Morris, de modo a ser editado, ele tem que tomar o género do filme em consideração. Isto significa que todas as decisões de edição que ele faz, têm que acabar por conectar o filme, fazendo com que ele pareça e sinta o mais real possível, o que pode ser um desafio.

Originalmente de Middlesex e nascido em 1949, Jonathan Morris iniciou a sua carreira como ator infantil. Ele trabalhou no palco na produção original de "Oliver", no West End de Londres e em filmes como "I could go on singing". Em 1966 ele foi procurar uma maior estabilidade do que a sua carreira de ator lhe podia oferecer e estagiou como assistente editor secundário em Elstree Studios. Ele também trabalhou brevemente como assistente de dobragem em Tigon Films, e nos anos 70, ele foi trabalhar em Central Television (previamente conhecida por ATV), onde ele conheceu Ken Loach. Isto marcou o início de anos de colaborações, tornando Morris na primeira escolha de editor para os filmes de Loach.

Morris trabalhou em 2 filmes selecionados para a Competição Oficial no Festival de Cannes, dois dos quais ganharam a Palme D’or; três filmes em competição no Festival de Cinema de Veneza e no Berlinale.

Este editor nomeado para um BAFTA (pelo documentário de 1992 "Hellfighters of Kuwait") já deu seminários acerca da edição na Dinamarca, França e nos Estados Unidos e tem 48 créditos de edição no IMDB.