Grandes nomes da indústria cinematográfica estiveram presentes no quinto dia do FEST, quarto do programa de indústria, que começou com grandes expectativas por parte dos participantes.
O primeiro orador, Peter Webber, o realizador de Girl with a Pearl Earring (2003) e Hannibal Rising (2007), ofereceu-nos a sua visão sobre o panorama atual da realização de cinema e os principais desafios que
futuros cineastas irão ter.
Barry Brown trouxe-nos excertos de três grandes filmes que editou, Queen of Katwe (2016), Malcolm X (1992) e BLACKkKLANSMAN (2018). Sempre muito direto e honesto, mas sem perder a simpatia característica, Barry explorou a sua carreira, realçando a importância de um editor que sabe como contar uma história. Com a sua paixão por storytelling sempre presente no seu discurso, o editor contou-nos ainda a sua relação com a
edição e como, por vezes, as cenas falam com ele e ditam como devem ser editadas.
Susana Costa Pereira, coordenadora executiva da Creative Europe Desk Portugal, veio dar-nos uma visão geral do atual programa da Creative Europe e a sua direção futura.
A última masterclass foi com o muito esperado Temple Clark, artista de storyboard de dezenas de filmes, desde Harry Potter e a Câmara dos Segredos (2002) a Gravidade (2013) e Cold Mountain (2003). A sua masterclass, extremamente visual, explorou a sua extensa carreira como artista de storyboard e o papel que estas podem ter na máquina cinemática. Com grande foco na sua relação com os realizadores, contou-nos como procura descobrir qual a visão de cada cineasta para a poder clarificar usando as storyboards, um trabalho que exige muita paciência.
O programa de indústria contou ainda com duas sessões de Pitching Forum, nas categorias de Work in Progress e Make It Short.
Carolina Gonçalves