The Innocents (1961, UK, Jack Clayton)
Uma governanta que toma conta de duas crianças começa a suspeitar que o gigantesco casarão onde vivem está assombrado por fantasmas, que querem possuir o corpo das crianças. Este seminal filme de terror gótico de Jack Clayton - apesar de desconhecido do grande público - é uma das histórias de fantasmas mais eficazes e influentes de sempre. Filmes como ‘Os Outros’ e ‘Ring - O Sinal’ vão buscar inspiração a este arrepiante filme a preto e branco, cheio de imagens inquietantes e terror psicológico. O director de fotografia Freddie Francis decidiu usar profundidade de campo extrema e o mínimo de luz para o filmar, um grande risco para qualquer filme nos anos 60 mas que moldou uma estética que durou décadas. A banda sonora de Daphne Oram utiliza sintetizadores e sons electrónicos, algo que também se viria a tornar uma referência.

Halloween (1978, EUA, John Carpenter)
É noite de Halloween em Haddonfield e o maníaco da cidade - que matou a irmã quando era criança - fugiu do manicómico para voltar a casa… e matar novamente.
É impossível não incluir o ‘Halloween’ de John Carpenter numa listagem destas. Um verdadeiro clássico do cinema independente norte-americano, e um dos 90 minutos mais carregados de suspense alguma vez apresentados em cinema. O filme que moldou o género “slasher” é na realidade mais baseado em suspense do que em sangue e tripas, mais sobre criar uma lenda do que mostrar mortes. Jammie Lee Curtis e Donald Pleasance estão excelentes como vítima e heroí na noite em que o mundo descobre a lenda de Michael Myers.

The Evil Dead (1981, EUA, Sam Raimi)
Um grupo de amigo vai passar o fim-de-semana a uma cabana no meio de uma floresta. Mas quando eles decidem ler um sinistro livro feito de pele humana e escrito em sangue, o inferno vem à terra.
‘A Noite dos Mortos Vivos’ de Sam Raimi (não confundir com ‘The Night of the Living Dead’ de George A. Romero) é uma tour-de-face de qualquer listagem de terror ou de cinema independente. No Halloween é uma escolha óbvia: é pura diversão sem limites com demónios, zombies, sangue e uma serra eléctrica.

A Tale of Two Sisters (2003, Coreia do Sul, Kim Jee-Woon)
Duas irmãs adolescentes voltam para casa depois de um longo período num hospital psiquiátrico. Mas o que as espera é tudo menos um vida normal - a casa delas está assombrada e algo de muito estranho passa-se com a sua madrasta.
Provávelmente o melhor filme de terror asiático moderno: “Hangul” é perfeito em todos os sentidos. Oferece-nos sustos e arrepios, mas tem uma história dramática incrívelmente bem atuada.

(REC) (2007, Espanha, Jaume Balagueró)

Uma equipa de televisão entra num edifício em quarentena no coração de Barcelona.
O melhor filme de terror “found footage” algo vez feita e prova que o terror espanhol pode ser tão ou mais divertido que o terror de “Hollywood”. Jaume Balagueró cria uma filme de tirar a respiração e que nos mantém na ponta da cadeira até ao fim.

Let the Right One In (2008, Suécia, Thomas Alfredson)
Um rapaz de 12 anos vítima de bullying torna-se amigo da rapariga que vive no apartamento ao lado, que por acaso é uma vampira.
Passado numa Estocolmo cheia de neve nos anos 80, ‘Let the Right One In’ é uma linda história de amor e um assombroso filme de vampiros. Com um elenco jovem fenomenal, é um dos melhor filmes fantástico europeus alguma vez feitos.

Trick ‘r’ Treat (2007, EUA, Michael Dougherty)
Nem toda a gente é fã de filmes de antologia, mas ‘Trick r Treat’ poderá ser a excepção. Passado na noite de Halloween, o filme apresenta quatro histórias de medo que se ligam através da presença de Sam, um monstro misterioso.
Michael Doughtery claramente ama o Halloween, e dedicou a sua carreira a fazer este filme (ficou anos a fazer a curta que depois levou a esta longa e volvidos dez anos ainda quer fazer uma sequela) que é um obra de paixão dedicada a esta data.

Livide (2011, França, Julien Maury & Alexandre Bustillo)
Na noite de Halloween, Lucy e os seus amigos decidem invadir um casarão enorme onde vive uma idosa em coma. Mas nesse noite, a antiga bailarina acorda.
O segundo filme da dupla Maury & Bustillo (o seu primeiro, ‘A L’Interieur’, é um dos melhor filmes de terror do novo milénio) está cheio de arrepios e sustos. E é uma verdadeira história de Halloween: com mitos e iconografia à altura. O trabalho de imagem é excelente e o design do filme (que inicialmente ia ser uma aposta de Hollwood mas acabou por ser uma das maiores produção do género em França) é fantástico.

Frankenweenie (2012, EUA, Tim Burton)
Um rapaz tenta trazer o seu recém-falecido cão de volta à vida.
Este filme de stop motion 3D a preto e branco traz Tim Burton de regresso às suas raízes, com uma história despretensiosa sobre amizade e sobrenaturalidade. É o filme de Halloween perfeito para crianças caso não as queiram assustar em demasia mas mesmo assim apresentar-lhe algo que não veriam normalmente na televisão.

The Babadook (2014, Austrália, Jennifer Kent)
Uma mãe fica progressivamente mais deprimida enquanto o seu estranho filho cada vez mais obcecado com uma figura chamada The Babadook, que supostamente o visita durante a noite. Em pouco anos, a estreia na realização de Jennifer Kent tornou-se num filme de culto. Essie Davis está fantástica como a mãe, e o filme é tenso e assustador, mas ao mesmo de tempo uma bela história familiar.