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Critica a "Jibril" de Henrika Kull | Secção Panorama | Especial Berlinale 2018
25.02.2018

Uma das obras mais surpreendentes desta ultima edição do certame alemão foi revelada de forma discreta e humilde, apesar de se tratar de um filme cheio de pukança e paixão.  

Jibril é um jovem rapaz que acaba emprisionado depois de uma serie de más escolhas e decisões. Apesar dos crimes que cometeu mostra-se arrependido e com vontade de mudar, procurando nos braos de uma mulher uma salvação muito ansiada. 

Essa mulher é Maryam, uma jovem de ascendencia Turca, que também não saiu “ilesa” de várias escolhas erradas, acabando por ser abandonada pelo parceiro com 3 filhos pequenos para criar.

O rapaz é habil na forma como seduz Maryam, conseguindo fazer com que ela volte a acreditar no amor, iniciando-se assim um amor ardente contra tudo e contra todos. Mas os erros do passado não aconteceram em vão, e ambos, em particular Jibril, têm ainda muitos demonios para derrotar, uma tarefa que vai por em causa esta grande hist+oria de amor.

Henrika Kull criou um ambiente intimista muito cativante em “Jibril”, supurtado por duas personagens de personalidade forte e vincada e que nem sempre são correctas. É neste jogo que a jovem germanica se notabiliza, focando a sua lente sempre nestas duas personagens que funcionam como um retrato de uma alemanha que raramente vê a luz do dia.

“Jibril” é por isso uma das obras mais interessantes a ser lançada nesta edição da Berlinale, e promete ter um percurso invejavel no circuito internacionald e festivais.